27.4.07

1970: A GERAÇÃO DO IOGURTE


Em 1972, quando Fiama Hasse Pais Brandão e Egito Gonçalves deram à estampa Poesia 71, eu ainda não tinha nascido. No entanto, chamo a essa década de 1970 a década da minha geração. Isto porque fomos nascendo por aí, entre 1970 e 1979. Não é hábito ser-se claro quanto aos seus coetâneos, sobretudo se isso implicar manifestações de gosto que são sempre melindrosas e algo imprudentes. No entanto, com nunca fui de calculismos, talvez não seja má ideia deixar aqui bem claras duas ou três notas sobre aqueles a que chamo os poetas da minha geração. Se excluir Daniel Faria (1971-1999), todos eles estão vivinhos da silva, publicam com maior ou menor regularidade, estrearam-se em livro no final da década de 1990 ou já na soleira do séc. XXI. Muitos deles escrevem crítica literária, lançam-se às traduções, criam os seus próprios projectos editoriais. Vão fazendo os seus percursos com uma mão no currículo literário e outra nos afazeres da vidinha burguesa. A poucos sobra um dedo que seja para a vida, a vida que não a vidinha, a vida das turras e das experiências, aquela de que falava O'Neill, a vida sem páginas em branco, a vida sem moleskines na lapela, a vida sem literatura. Esse é um sinal confrangedor nos poetas da minha geração, isto é, poucos têm vida, o que se nota, sobremaneira, nas suas propostas poéticas. É verdade que a diversidade é muita, há gostos para tudo, há tendências e circunstâncias que, aqui e acolá, inspiram uma reverência castradora a estilos e géneros. Seja como for, de uma coisa não nos podemos queixar: das dificuldades de edição. Não sei se os livros se vendem, se escoam, se chegam aos leitores. Às vezes parece-me que os poetas de hoje se editam uns aos outros para se lerem uns aos outros para oferecerem livros uns aos outros. Não há-de ser exactamente assim, mas julgo não andar longe da verdade a ironia de um cenário traçado desta forma. Não obstante, o que quero dizer é outra coisa, relacionada com as já recorrentes e fastidiosas querelas entre grupos e tribos. Deve a poesia ser assada ou cozida? É um poeta um ferrolho ou uma aldraba? Esta ânsia dicotómica nunca me inspirou grandes simpatias. Apesar de não ser adepto de consensos, e por isso tantas vezes me ver embrenhado em matéria de porrada, confesso que não consigo não apreciar um livro só por ele ser mais óbvio ou mais hermético. Isto é como na gastronomia, um tipo que só coma carne depressa sente falta de peixe. Eu gosto de comer de tudo um pouco, mas sempre vou clareando o caminho: assim como prefiro frango assado a coelho guisado, também prefiro a decadence de um Manuel de Freitas (1972) à inclinação tétrica de um valter hugo mãe (1971), sou muito mais adepto da agramaticalidade irónica do Nuno Moura (1970) do que da inteligência lógico-concreta do Gonçalo M. Tavares (1970), entusiasma-me mais o discurso limpo de um Pedro Mexia (1972), mesmo quando parece anedótico e resvala no enjoo, do que o impulso metaf(ísic)órico de um Pedro Sena-Lino (1977), e sempre vou dizendo que me faz menos mal à digestão o fulgor imagético do Vasco Gato (1978) do que a sensaboria sentimentalista da poesia de Jorge Reis-Sá (1977) – esta última quase sempre me leva ao vómito. Mas do que eu não gosto mesmo é de padres armados em poetas e de poetas armados em padres. É uma questão de irritação, assim como quem come um iogurte fora de prazo.

26 Comments:

At 1:41 da tarde, Anonymous Anónimo said...

concordo contigo. mas olha que eu até gosto do josé tolentino

 
At 1:44 da tarde, Blogger hmbf said...

Tem dias. Não é da geração de 1970. O “padres” aqui é empregado em sentido metafórico, para ser ainda mais irónico. ;-)

 
At 1:49 da tarde, Anonymous Anónimo said...

pois é, não é de 70. e é verdade sim senhor: o que não faltam é para aí poetas armados em padres, ou melhor, em pregadores.

abraço

 
At 1:49 da tarde, Blogger hmbf said...

ou isso

 
At 2:24 da tarde, Anonymous Anónimo said...

- "reverência castradora a estilos e géneros";
- "Apesar de não ser adepto de consensos";
- "confesso que não consigo não apreciar um livro só por ele ser mais óbvio ou mais hermético";
- "Eu gosto de comer de tudo um pouco";

E mais poderia citar, Henrique, para lhe mostrar, com suas próprias palavras, que, afinal, não anda tão longe do que eu penso quanto isso. Trata-se de ir beber a todas as fontes (como deixei bem claro no meu texto) e não a uma ou duas bicas.
E mais digo: se fosse possível fundar a Escola da Utopia e isso se fizesse (graças aos deuses que nunca será possível; e perdoe-me as parodias conventuais) eu saltaria fora e bateria a porta. Bam!
Este seu texto não diz diferente do que já foi dito por Ruy Tavares e é bom sabê-lo. O Henrique está tanto para a lógica da ilógica,como para vice-versa; tanto para a gramática da agramática, como para vice-versa . Também não aprecio tribos, mas aprecio a natureza onde combatem.

 
At 2:25 da tarde, Anonymous Anónimo said...

errata: ler paródias; pois.

 
At 2:35 da tarde, Anonymous Anónimo said...

errata 2: Ruy Ventura e não Tavares. Que isto já vai no descarrilamento...

 
At 3:59 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Allen, obrigado eu pelo comentário. Como aprecio a clareza em matéria de conflito, irei directo ao assunto:

- Este tema foi bastas vezes debatido no Insónia e num outro weblog que tive anteriormente, o Universos Desfeitos, tendo eu oportunamente explanado a minha perspectiva quanto aos diversos assuntos que o tema implica. Se procurar no Insónia a série intitulada «O Meu cinzeiro Azul», perceberá, se for caso disso, qual a minha posição em matéria de poéticas, ismos e afins;

- Não é minha intenção andar longe do que a Allen pensa, mas peço-lhe, por favor, que não me ponha no mesmo saco do Ruy Ventura. Antes de lhe dizer porquê, chamo a atenção para o facto de já em Fevereiro passado eu ter aqui chamado a atenção para essas perorações de Ventura: http://antologiadoesquecimento.blogspot.com/2007/02/um-debate-recorrente-h-pelo-menos-2000.html .

- Peço-lhe que não me coloque no mesmo saco, não propriamente por razões de matéria de fundo, mas porque não me revejo nada na atitude de batalha campal do texto em causa, repetindo acusações estafadas de estratagemas e privilégios “unidireccionados”: «Temos no entanto o dever de denunciar a estratégia de “partido único” que vêm adoptando, ao tentarem queimar tudo quanto não reze pelo mesmo breviário, beneficiando umas vezes de um acesso privilegiado a certos areópagos para atacarem a liberdade criativa dos seus semelhantes, noutras ocasiões impedindo nos sítios certos a publicação de obras diferentes das suas ou então aproveitando a sua influência junto de certa comunicação social para escavarem um muro de silêncio em torno de propostas poéticas que os incomodam, que não compreendem e/ou não querem compreender». Lembro aqui que nada disto é novo e que papas da poesia há deles onde menos se espera. Pena que Ruy Ventura não se lembre de textos ignóbeis nas revistas Periférica e Apeadeiro, visando ora Pedro Mexia, ora Manuel de Freitas, artigos no Mil Folhas, pelas penas de Jorge Reis-Sá e de valter hugo mãe, atacando de forma inexplicável poéticas contrárias às suas, posts de Jorge Melícias, o enfant terrible dos abstraccionistas, no Da Literatura, defendendo que poesia não pode ser outra coisa senão o que ele julga ser poesia, etc, etc, etc… Como vê, Allen, o autor do texto em causa, pensando estar a lutar contra o que ele chama de «estratégia de “partido único”» não mais faz do que baixar as calças a um único partido.

- Em matéria de fundo, inquietam-me algumas das interpretações de Ruy Ventura. Fala o poeta num repúdio pela abstracção que é cultivado por alguns poetas, reconhecendo contudo que os mesmos a praticam, ainda que de forma disfarçada. Ora, eu não sei onde é que esse repúdio é evidente senão na prática e no esforço de uma poética mais, digamos assim, concreta. Isso é ilegítimo? Pode daí inferir-se um desejo de morte a tudo o que seja abstracto? Fala numa «linguagem neonaturalista» partindo do princípio que saibamos o que isso seja nas poesias que crítica. Confesso a minha ignorância no que aos poetas citados diz respeito. É legítimo, por exemplo, chamar-se neonaturalista à linguagem poética de um Manuel de Freitas? Julgo que não, assim como jamais isso será possível relativamente às diversas vozes presentes na antologia “poetas sem qualidades”, que o senhor Ventura omite ter sido uma bela resposta à facciosíssima antologia de Reis-Sá («Anos 90 e agora»). Neonaturalistas? Talvez alguns livros de Jorge Gomes Miranda e certos poemas de José Miguel Silva, no que têm de crítica social e testemunho político. Pouco mais.

- Por fim, as comparações entre textos de Manuel de Freitas e outros assinados por Álvaro Cunhal, entre as propostas dos “neonaturalistas” e o fundamentalismo do realismo marxista. Isto é de um descaramento e falta de visão gritantes. Lembro que Manuel de Freitas publicou na sua Averno, há não muito tempo, um livro do poeta, provavelmente comunista e neo-realista, António Manuel Couto Viana. Enfim, sem mais comentários me despeço, que este já vai mais longo do que eu desejaria, citando o tal Ruy Belo que os prosélitos lá do que quer que seja tão frequentemente lêem:

«Em suma, no mundo de hoje a poesia deve fundamentalmente ser fiel à realidade.»

É só disto que se trata. Mas pode ser que dentro em breve tenhamos livro de Ruy Ventura nas Quasi. Lê-lo-ei com todo o gosto.

 
At 4:36 da tarde, Anonymous Anónimo said...

conforme conversa telefónica havida hoje, deixo o meu protesto para a referência mexiânica.
sobre tal autor repito:
é um autor do passado, mais propriamente nascido em 1923, por isso se chama mexia e não mexe.
abraços e viva a nova geração de talentos poéticos que a fábrica de alcochete tem lançado.
changuito

 
At 4:42 da tarde, Blogger hmbf said...

Changuito:

só pelo teu telefonema
tudo isto valeu a pena


Estou a rir-me às despregas.

Saúde,

 
At 5:29 da tarde, Anonymous Anónimo said...

A geração de 60 (a que pertenço desde o primeiro ano) será a geração Olá Fresquinho, ou a geração Rajá ?

Se calhar era melhor os poetas trocarem pdf's entre si em vez de gastarem dinheiro em gráficas ;)

 
At 5:45 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Estimado Henrique,

Compreendi tudo o que escreveu, desculpe-me a falta de humildade, mas compreendi. Acho que também me compreendeu. Intuo que sim, muito sinceramente.
E o que mais quero é que entenda que não quero, mesmo, emprateleirar ninguém em lado nenhum. Tal como me parece que seja também esse o desejo do Henrique.
Obrigada pela dedicação.

 
At 6:14 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Henrique,

Escapou-me dizer-lhe, há bocado, que acho que isto, mais do que visto na medida dos percursos geracionais, deve ser visto - na medida do tempo longo - como algo que, cíclico, vem demonstrando que em todos os tempos há os malditos e os benditos. Os benditos, normalmente em maioria, deixam-se engolir por um par de escolas literárias que têm por objectivo único demarcar-se (de outras escolas montadas) iconologicamente sobre uma mesma matriz de pensamento único (talvez Ruy Ventura tenha querido dizer isto, quando evocou a expressão “partido único”). Já toda a gente sabe que mudam apenas os ícones que não vêm mudar nada. E não foi Lampedusa que o disse em primeira mão. Os malditos, esses que normalmente (reza a história longa) só vencem depois de mortos, não se encaixam em parcelas nenhumas de ordem literária, nem procuram protagonismo dentro de uma escola. Julgo que a esterqueira toda começou quando uns homensinhos, há cerca de 6000 anos atrás, resolveram acomodar-se. Então desataram a partir terra e a assentar, os preguiçosos dos sedentários:

- Isto é meu, isso é teu. Agora não venhas para aqui mexer-me nas propriedades, nem bulir com o meu pedaço. A não ser que venhas para adorar o poder que tenho sobre ti.

Não é uma questão de ordem geracional, que a parvalheira, Henrique, sempre a houve em toda a parte e em todo o tempo.
No mais, dispenso-me a listas de escritores vivos que hoje escrevem em Portugal. Grande parte do seu número ainda não está realmente viva e, depois, há por aí uns caçadores recolectores que vivem de todo o fruto e ressuscitarão depois de mortos. Acredito nesses. Eu sou uma utopista do caraças, Henrique. A história não me tem ensinado a ser outra coisa. E esta é a minha mais bela maldição.

 
At 6:53 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Oh Henrique, estou pª aqui a tentar perceber porque será que há pessoas que gastam gigas de palavras sem conseguirem dizer nada de relevante em termos de conteúdo (além de se contradizerem tal é a acumulação de chavões inúteis)e há outras, como o mais-que-adorado Changuito dos caracóis (um dia destes tenho de o ir visitar), que também a mim me faz rir em 2 ou 3 letras.

 
At 7:24 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Há quem não comente o que os outros comentam. Porque será? A cabeça não serve apenas para guardar cabelo.
Vá lá, m., esforce-se mais um bocadinho. O Henrique fartou-se de escrever, não vê? Vale a pena o esforço.

 
At 7:25 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Allen, no essencial julgo que concordo consigo. Por isso disse, quando aqui fiz referência em Fevereiro ao post do Ruy Ventura (link acima), que a discussão já dura há mais de 2000 anos. Provavelmente a própria discussão faz parte de um processo criativo que, como o dia que não existe sem a noite, só descansa no crepúsculo. Não sei se foi isso que Ruy Ventura quis dizer. Se foi, disse-o mal, repetindo com a parcialidade do costume o mesmo tipo de acusações já por outros levadas a cabo antes dele. Só falei nos da minha geração para simplificar algo cuja complexidade não caberia num post, mas também porque, vá-se lá saber porquê, os da minha geração parece que temem revelar gostos, posições, perspectivas como se houvesse mal nos conflitos que geram. É, por isso, uma geração do iogurte. Já nasceu em liberdade, mas ainda não se libertou por completo do leite da ditadura. Obrigado pelo seu comentário.

m., posso não dizer nada de relevante em termos de conteúdo, posso me contradizer (que mal nisso?) com chavões inúteis, você pode ter toda a razão mas deu-se ao trabalho de comentar o que eu escrevi. Venha o diabo e escolha.

 
At 7:31 da tarde, Anonymous Anónimo said...

O Henrique é um homem inteligente. Ponto. Entendeu agora, m.?

Assinado,
letra p. para a letra m.

 
At 7:41 da tarde, Blogger manuel a. domingos said...

é pá!! esqueci-me de perguntar! é uma geração do iogurte natural ou com sabores?

:-)

 
At 7:46 da tarde, Anonymous Anónimo said...

fora de prazo, manuel.

 
At 7:49 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Todo este medo em demonstrar gostos, opiniões, em demontrar a banalidade de certas obras se deve, creio eu, a vivermos num país de poetas (serão só os poetas?) aburguesados.

Gabo-lhe a coragem henrique, por ter posto em pratos limpos as suas preferências.

Que outro país, senão um país de poetas aburguesados, se poderia dar ao luxo de ter o número de edições de poesia que o nosso ostenta por ano. Para quê? Para quem? Porquê? O que têm trazido de novo? Deverá alguém lê-las? Deverá alguém gastar o seu dinheiro?

A poesia é como a publicidade, na maioria das vezes uma grande merda.

 
At 7:50 da tarde, Blogger manuel a. domingos said...

pois é pá! está lá no post!
esquece rapaz!

 
At 8:11 da tarde, Blogger MJLF said...

Pues a mi me gusta Daniel Faria Y el metafisico Sena-Lino; Manuel de Freitas si, pero es todo lo mismo, en los primeros me ria, depues me aburia; me gusta la poesia de Valter, del Gato y algunas cosas del Tavares, de Peixoto, Jose Mário Silva;pero me gusta mas la de Rui Laje e del gran Costa; Nuno Moura me ace reir mucho, grande poeta, Henrique Fialho no esta mal, tambien me ace rir ou llorar, un radical, estoy de acuerdo en lo que dice de los curas y a mi tan poco me gusta el Reis-Sá; y estoy totalmente de acuerdo con Changuito por lo del Mejillón ser un aburimiento; Pero a mi lo que me gusta realmente es Garcia Lorca y bailar sevillanas.
Olá chicos
Maria João

 
At 8:13 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Olé :))))))))

 
At 10:45 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Só mais uma coisa, o comentário da Maria João, que me fez rir quase tanto quanto o telefonema do Changuito – concorrente de peso, Maria João -, obriga-me a esclarecer que os nomes citados no post foram escolhidos muito a dedo. Há outros, nascidos na mesma década, que importaria referir por razões diversas. Arrisco um inventário do + ao -, sendo que tudo isto é subjectivo, reflecte um gosto meramente pessoal e, como disse, variado, e nada do que há para provar está ou estará provado senão com o passar do TEMPO. Do +: Tiago Gomes (1971), Rui Costa (1972), Daniel Jonas (1973), Rui Lage (1975); do +/-: Sandra Costa (1971), Sandra Augusto França (1971), José Mário Silva (1972), Nuno Costa Santos (1974), manuel a. domingos (1977); do -: Jorge Melícias (1970), Beatriz Reina (1971), José Rui Teixeira (1974), Luís Filipe Borges (1977)… O caso do Jorge Melícias é paradigmático, pois não tenho dificuldade em reconhecer que ele é bom na sua proposta poética. Eu é que não gosto da sua proposta poética. Fique claro também que, à excepção de um ou outro caso, todos os livros dos autores citados que li e possuo saíram-me do bolso. E isso é que eu julgo ser o mais importante perante tanta diversidade, comprar livros de poesia, ler livros de poesia, divulgar livros de poesia. Quanto a querelas ficamos falados.

 
At 2:31 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Henrique,

Muito obrigada pela sua atitude. Nobre, como a um ser humano íntegro pertence ser.
Admiro a sua frontalidade. Na verdade, é a primeira qualidade que lhe aponto. Sempre foi.
Também Ruy Ventura me parece frontal e todos os demais que ousam dizer o que lhes vai na razão e na emoção.
Obrigada mais.

 
At 6:42 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Olé também pª a Mª João :) e o abraço do costume pª o Henrique, é claro.

 

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