25.5.07

À PORTUGUESA



No passado dia 29 de Janeiro do ano corrente, recebi, de João Artur Pinto, um convite para participar numa antologia dedicada a Fiama Hasse Pais Brandão. O volume, com o título Um Poema Para Fiama, publicado pela Editora Labirinto, era suposto ter saído, segundo percebi, no passado dia 21 de Março, Dia Mundial da Poesia. Acedi prontamente ao convite, sem qualquer tipo de reclamação, enviando um poema. Desde então, nunca mais soube de nada. Até hoje, por intermédio de um amigo, que me informou ser logo à tarde, pelas 18:30, na Casa Fernando Pessoa, o lançamento da dita obra. Não é pela apresentação, na qual não poderia estar presente, dado inaugurar hoje as Tasquinhas do Landal, onde irei servir berbigão, minis e moelas, mas estranho não ter sido informado sobre absolutamente nada relativamente a este «gesto sincero de homenagem à Obra Poética de Fiama Hasse Pais Brandão». Como não possuo exemplar do volume, a imagem reproduzida foi respigada no sítio da Editora Labirinto.

O livro reúne ao longo das suas oitenta páginas, cinquenta e três inéditos dos seguintes autores: Alexandre Vargas, Anna Hatherly, Ana Marques Gastão, Angelina Costa Lima, António Graça Abreu, António José Queirós, António Salvado, Artur Coimbra, Carlos Vaz, Casimiro de Brito, Cláudia Storz, Daniel Gonçalves, Ernesto Rodrigues, Eva Christina Zeller, Fernando Guimarães, Fernando J. B. Martinho, Gisela Ramos Rosa, Gonçalo Salvado, Helena Carvalho Buesco, Henrique Manuel Bento Fialho, Inês Lourenço, Isaac Pereira, Isabel Cristina Pires, Jaime Rocha, Joana Ruas, João Ricardo Lopes, João Rui de Sousa, Joaquim Cardoso Dias, Jorge Listopad, Jorge Reis Sá, José Agostinho Baptista, José Félix Duque, José Manuel de Vasconcelos, José Tolentino Mendonça, Josiane Alfonsi, Luís Quintais, Maria Andresen, Maria do Sameiro Barroso, Maria João Fernandes , Maria João Reynaud , Maria Teresa Dias Furtado, Maria Teresa Horta, Paulinho Assunção, Pedro Eiras, Pompeu Miguel Martins, Regina Gouveia, Rita Taborda Duarte, Rui Costa, Ruy Ventura, Urbano Tavares Rodrigues, Valter Hugo Mãe, Victor Oliveira Mateus, Victor Oliveira Jorge e Maria Figueira da Silva, artista plástica, autora da pintura da capa.

14 Comments:

At 2:06 da tarde, Anonymous Anónimo said...

compare-se a lista deste post com o de FJV (http://origemdasespecies.blogspot.com/2007/05/fiama.html) e descubra-se quem são os nomes inconvenientes e que se devem mandar à merda.

 
At 2:28 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Não percebo. O FJV menciona quem quiser, apesar de me chatear sempre um bocado esta "coincidência" de filhos e enteados. Agora lançarem livro e não darem cavaco, pois que confesso que fiquei… decepcionado.

 
At 3:53 da tarde, Anonymous Anónimo said...

claro que FJV menciona quem quiser e quando e como quiser. mas dizer no final «entre outros» não custava nada.

e tens, sim senhor, razão para ficar decepcionado.

 
At 8:29 da tarde, Anonymous Anónimo said...

manuel, realmente o «entre outros» não ficaria mal. Assim parece que são só aqueles. Enfim, a palhaçada do costume.

 
At 3:28 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Pois... Onde estão nomes como, por exemplo, Joaquim Cardoso Dias, José Félix Duque ou...ou... Os poemas destes dois poetas são muito mais belos do que 90% dos que FJV menciona. Enfim é uma vergonha este país de gente mal formada e intencionada. E depois FJV nomea nomes de gentinha que nem escrever sabe, mas que fazem parte da corja dos lambe botas de FJV...

 
At 3:35 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Confesso que isso me é completamente indiferente. Mas fiquei decepcionado com a atitude da editora. Nem sei se o livro está à venda, se o posso adquirir em algum lado, nada. É de uma desconsideração atroz. Lembro-me da única vez que ouvi Fiama publicamente, lembro-me de a ouvir falar da forma como eram tratados os autores em Portugal, de se queixar que a maior parte das vezes nem direitos de autor lhe pagavam… Esta pode ser uma antologia de poemas para Fiama, mas não é, certamente, um livro por Fiama.

 
At 12:40 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Caríssimos, não pude deixar de ficar indiferente aos vossos comentários. E, por incrível que pareça, tenho de me associar a eles.

Desta vez a "minha" editora prestou um péssimo serviço. Em Janeiro, aquando do falecimento de Fiama, fiquei esmagado. Não sabia sequer que estava doente. Pelo que propus a João Artur Pinto um homenagem (justíssima a Fiama). A homenagem partiu de uma ideia minha, de uma conversa telefónica com João Artur Pinto no fim-de-semana subsequente à morte da poetisa.

Passados tempos, dei conta e que o projecto fora entregue a "outros", alguém coordenava a edição, etc, etc...

O livro saiu finalmente. Descontente por ver que poetas como Amadeu Baptista a reclamarem, fui afastado do percurso da publicação. Na capa lê-se agora "coordenação de Maria Teresa Dias Furtado e Maria do Sameiro Barroso". Do comportamento do editor, que é meu amigo, creio, não tenho palavras. Das notícias que vão saindo com listas maiores ou menores, enfim, é a história de cada um puxa a brasa para a sua sardinha.

Como todos aqueles que vêem nesta antologia um defraudar do espírito de homenagem à grande Fiama, e por qualquer coisa em que eu tenha culpa, o meu sincero (sincero mesmo) pedido de desculpa.

No meu blogue colocarei um link para o "Insónia".

Um abraço e votos para que a boa poesia continue, apesar das rasteiras!

João Ricardo Lopes

 
At 1:28 da tarde, Anonymous Anónimo said...

João Ricardo Lopes, que fique claro que o meu problema não são "sardinhas". Só fiquei decepcionado pela falta de consideração que foi ao ponto de nem sequer me informarem do lançamento da antologia. Devo ter ido a 3 lançamentos de livros até hoje, não iria a este. Mas sendo um dos antologiados julgo que seria de mínimo bom-senso terem-me informado sobre o lançamento da mesma. Até porque estava convencido, por falta de informação, que o projecto tinha sido abandonado.

 
At 4:07 da tarde, Blogger João Ricardo Lopes said...

hmbf:

Creio que o meu pedido de desculpas foi mal interpretado. Não me substituo à editora nem ao editor.

Não me cabe a mim pedir-lhe desculpa por algo a que sou alheio.

De resto, acho que tem toda a razão em sentir-se indignado. Se visitar o meu blogue, verá que também eu tenho poucas razões para estar contente com a Labirinto.

De resto, não estive na Casa Fernando Pessoa. E quanto à «sardinha», referia-me evidentemente à "lista" de Francisco José Viegas, lista curta e naturalmente tendenciosa. Estão lá todos os que pouco ou nada fizeram pelo projecto.

É caso para dizer, não me meto noutra!

Fique bem.

 
At 4:59 da tarde, Anonymous Anónimo said...

João Ricardo Lopes, o seu pedido de desculpas não foi mal interpretado. Não percebo por que diz isso. Mas também não percebo por que pede desculpas por algo a que é alheio. Isso é lá consigo. Já fui ao seu weblog, que não conhecia, e julgo ter entendido o seu ponto de vista. Com o meu comentário anterior só pretendi reforçar que as “listas” do senhor Viegas, da Casa Pessoa, do Diário de Notícias, de quem quer que seja, me são completamente indiferentes. Para mim, não é isso que importa mas sim a maneira algo “trapalhona” como a editora procedeu. Permita-me apenas que discorde de algo que afirma agora neste comentário, quando diz que na «lista curta e naturalmente tendenciosa» de FJV «estão lá todos os que pouco ou nada fizeram pelo projecto». Que eu saiba, todos os que estão contribuíram com um poema. Isso já é fazer qualquer coisa, ou muito, em função do valor que se queira atribuir às contribuições de cada um. Por isso, o «nada» parece-me claramente exagerado.

 
At 12:50 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Caro Henrique,

Volto a este blogue e ao mesmo post para lhe dizer o seguinte: as minhas desculpas (que valem o que valem) prendem-se única e exclusivamente com o facto de ter sido eu a dar a ideia à editora de homenagear Fiama. Entendia ser uma boa ideia para uma boa editora. Enganei-me. Só por isso pedi desculpa.

A lista do Sr. Viegas também vale o que vale. Para já dizer a verdade, estou-me nas tintas para ela. Percebo que há coisas mais importantes do que preservar a má disposição. Na Labirinto estão alguns dos meus melhores amigos e alguns dos nomes da literatura que mais aprecio. Por eles, peço-lhe que não julgue o todo pela parte!

Por causa deste projecto, pela maneira "trapalhona" como a editora se comportou, cortei relações com o seu responsável. E é tudo!

Um abraço!

Do resto já não vale a pena. Obrigado pela atenção e ignore o conteúdo de tudo quanto aqui deixei.

 
At 1:12 da tarde, Blogger hmbf said...

João,

Por mim não há razões para ignorar o que quer que seja. Julgo que a sua ideia foi boa. Quanto à concretização da mesma, gostava de poder dizer alguma coisa mas não posso. Nem sequer possuo um exemplar do livro. A atitude displicente da editora é que é de lamentar. Quanto ao Viegas, não vele a pena continuarmos. Mas quanto à Labirinto, é óbvio que não é minha intenção, nunca foi e nunca será, fazer julgamentos. Ainda por cima não conheço as pessoas em causa. Limitei-me a denunciar aqui algo que me parece decepcionante. Obrigado pelos seus comentários.

 
At 7:25 da tarde, Anonymous Anónimo said...

«não pude deixar de ficar indiferente»?

a negação da negação é uma afirmação

 
At 9:46 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Ainda bem que existem mais pessoas a perceber o que vai por dentro da Labirinto, não sei como o João Artur Pinto continua cego!
Anónimo!

 

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