10.11.07

MONUMENTO


para Júlio de Castro Lopo


O pelourinho é talhado em cantaria
- Verdadeiro estilo manuelino –
E foi mesmo colocado
Diante da Câmara Municipal.

Antigamente… (ninguém se recorda!)
Serviu para prender os servos
Que levavam chicotadas!

Hoje… (todos se orgulham!)
É monumento nacional
E até já esteve na Exposição de Paris!

Amândio César

Amândio César nasceu em 1921. Autor relacionado com o fascismo, partidário da ditadura, foi director do suplemento literário Diálogo do Diário Ilustrado. Com vasta obra publicada nos domínios da poesia, conto, ensaio e reportagem, estreou-se como poeta em 1943 com um volume intitulado Vaga Alta. A sua poesia foi premiada durante os tempos da ditadura: Prémio Antero de Quental do S. N. I., com Batuque de Guerra (1945), Prémio Camilo Pessanha, com Não Posso Dizer Adeus às Armas (1965). Natal (1953) foi traduzido para espanhol, francês, inglês, italiano e alemão. Faleceu em 1987.